Bronquiectasias

É a presença de dilatação crônica dos brônquios de uma área pulmonar, gerando alterações estruturais dos brônquios como: áreas císticas ou cilíndricas. Essas áreas serão fontes de infecções pulmonares de repetição e, consequentemente, poderão gerar destruição de áreas sadias do pulmão homolateral ou contralateral.

O Dr. Malucelli possui longa experiência na medicina do tórax no Brasil e já realizou centenas de cirurgias em adolescentes, crianças e recém-nascidos.

Como isso ocorre?

Geralmente surge como complicação ou em decorrência de outras doenças. Pode ser devido a fatores genéticos como: fibrose cística, malformação adenomatoide cística, defeito nos cílios respiratórios ou alterações imunológicas IgA. Pode ocorrer devido a uma obstrução brônquica em decorrência da aspiração de um corpo estranho (crianças que aspiram brinquedos, ou grãos de feijão, pipoca, etc).

Pode estar relacionada também a fatores adquiridos (por exemplo, após uma infecção pulmonar chamada popularmente de “mal curada”), bactéria (pneumonia), vírus (pós-gripe) ou por tuberculose.

Finalmente, pode ser decorrente de obstrução dos brônquios. Portanto, toda bronquiectasia tem uma causa que devemos investigar através de endoscopia respiratória, com a finalidade de sabermos definitivamente do que se trata para, só então, podermos instituir o melhor tratamento possível.

Sintomas

Geralmente os sintomas têm início na infância, após uma pneumonia decorrente da complicação de doenças como sarampo, coqueluche ou gripe. Nessa pneumonia ocorre destruição de componentes pulmonares, resultando em cicatrização com retração. Esses fatores exercem tração sobre as paredes brônquicas, o que resulta em bronquiectasias. A tosse recorrente com expectoração de pus e, usualmente, de longa duração, é o quadro clínico mais frequente em adultos e crianças.

Diagnóstico

É feito através do exame físico MAS é imperativo que se realize uma tomografia do tórax de alta resolução. A partir daí, é praticamente obrigatório que seja feita uma endoscopia respiratória (broncoscopia) para eliminar a possibilidade de algumas doenças que podem gerar as bronquiectasias.

Tratamento Clínico

Como existem alterações estruturais dos brônquios, o tratamento clínico com medicamentos não permitirá a cura das bronquiectasias. O objetivo desse tratamento é controlar e prevenir infecções de repetição, para evitar que a doença continue a progredir e destruir áreas cada vez maiores de pulmão sadio. Portanto, o tratamento cirúrgico quase sempre deve ser realizado. Além disso, se no controle tomográfico do tórax realizado anualmente for percebido que a doença está avançando (comprometendo mais áreas sadias de pulmão), deve-se indicar o tratamento cirúrgico imediato.

Tratamento Cirúrgico

A cirurgia deve ser indicada quando o tratamento clínico não está conseguindo evitar que a doença se espalhe (avance), quando persistem os sintomas (tosse com escarro e pneumonias ou broncopneumonias de repetição) e, de preferência, quando a doença é localizada em um segmento ou lobo pulmonar. Em casos selecionados pode ser indicada a cirurgia para tratar de doença de grande extensão.

O que se faz é a ressecção (retirada) da área pulmonar comprometida, de forma a eliminar a doença e, com isso, eliminar as infecções pulmonares de repetição. Dessa forma, não mais existirá o risco de se comprometerem outras áreas sadias do pulmão. A cirurgia exige técnica apurada e grande experiência, especialmente quando realizada em crianças. Essa cirurgia é feita em centro cirúrgico e geralmente exige internação por um período de 5 a 7 dias.